domingo, 19 de janeiro de 2014

Nem sempre as árvores morrem de pé!


Passou um ano. Foi no dia 19 de Janeiro de 2013 que se abateu sobre Portugal uma tempestade não vista há muito. Durante mais de 8 horas, ventos com velocidades de 140km/h assolaram constantemente a costa e as florestas deste país. Para além dos avultados danos materiais que causaram, e que mais tarde ou mais cedo serão repostos por completo, outros houve que serão impossíveis de reparar. A queda de imensas árvores entre as quais algumas classificadas são alguns desses danos irreparáveis
Na Mata Nacional de Leiria cairam dois pinheiros classificados, encontrando-se entre estes o maior e mais velho pinheiro bravo da Península ibérica e um dos maiores da Europa. Caiu ainda um outro que se encontrava em processo de classificação e um outro ficou com a copa danificada. Mas não foi apenas na Mata Nacional que árvores monumentais tombaram. Em Ourém caiu a azinheira com maior projecção de copa da Peninsula ibérica, já com mais de 400 anos. E no Alentejo, o famoso sobreiro de Pai Anes com 500 anos tombou não só por causa do vento mas também por falta de manutenção. Foi este o Sobreiro que levou ao início deste projecto e é com muita pena minha que o vejo tombar, esquecido e com uma morte pouco digna. Nenhuma destas árvores morreu de pé!